Projeto paisagístico de edifício histórico em SP ganha premiação

Paisagismo de prédio histórico relaciona moderno e contemporâneo
Paisagismo de prédio histórico relaciona moderno e contemporâneo — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação

O projeto de paisagismo do histórico Edifício Romi 56, em São Paulo, recebeu uma menção honrosa na primeira edição do Prêmio ABAP Roberto Burle Marx.

O Romi 56 foi desenvolvido pelo escritório Patricia Akinaga e recebeu a premiação durante o 7º Congresso Internacional de Arquitetura da Paisagem (CIAP), em Curitiba (PR).

O projeto de paisagismo do Edifício Romi 56 mostra como a integração entre arquitetura e paisagismo pode resgatar a memória histórica de edificações emblemáticas — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação
O projeto de paisagismo do Edifício Romi 56 mostra como a integração entre arquitetura e paisagismo pode resgatar a memória histórica de edificações emblemáticas — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação

O objetivo do prêmio é reconhecer, promover e divulgar a produção de arquitetos e urbanistas no campo da Arquitetura da Paisagem. O seu nome homenageia Burle Marx, o maior paisagista brasileiro.

O prédio, concebido em 1960, teve o seu paisagismo selecionado na modalidade obra construída de arquitetura da paisagem. O projeto do jardim tem harmonia com as linhas do edifício. Com estrutura de vidro, é possível visualizar a área aberta e o interior do térreo do edifício da calçada.

Trepadeiras são parte do projeto paisagistico feito pelo escritório Patrícia Akinaga — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação
Trepadeiras são parte do projeto paisagistico feito pelo escritório Patrícia Akinaga — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação

Na fachada principal da construção, há uma composição de diversos tons de verde e texturas de folhagens, além dos pedriscos nas faixas de drenagem. Entre as árvores, há palmeiras, ipê-roxo, aroeira salsa e jabuticabeira – as três últimas são espécies da Mata Atlântica.

Entre os arbustos, misturam-se espécies nativas e exóticas, como lírio-do-amazonas, a ixora, a moreia e a tumbérgia arbustiva. O projeto ainda traz trepadeiras na fachada do prédio, conferindo equilíbrio entre os planos horizontais e verticais.

Do andar térreo do edifício é possível ver o jardim e a calçada — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação
Do andar térreo do edifício é possível ver o jardim e a calçada — Foto: Marcelo Scandaroli / Divulgação

Patricia Akinaga, sócia-diretora do escritório de arquitetura, destaca que o objetivo do projeto foi integrar a história do Edifício Romi à paisagem contemporânea de 

“Ficamos muito felizes com o reconhecimento desse trabalho. Buscamos sempre criar espaços que promovam bem-estar e a preservação dos bens históricos e da identidade cultural urbana de forma inovadora, e acredito que alcançamos isso de forma muito satisfatória com o Romi 56”, comemora Patricia.

expresso.arq com informações de Bianca Camatta, com Alex Alcantara

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