Pequena por fora, genial por dentro: casa impressiona com ótimas ideias para ganhar espaço
Projetada pelo escritório Kominoru Design, uma casa em Nakano, região metropolitana de Tóquio, no Japão, desafia os limites do espaço urbano. Com ótimas ideias, o projeto conseguiu maximizar o espaço, ao construir uma casa de três andares em um pequeno terreno de esquina com apenas 30 m².
Concluída em 2024, a casa tem estrutura de madeira, sendo que algumas partes desta estrutura, como colunas e vigas, ficaram expostas. Isso ocorreu devido à metragem de tais estruturas, cerca de 120 cm de largura.
“Ao fazer algumas das colunas e vigas com 120 cm ou mais de largura, conseguimos expor parcialmente a estrutura de madeira, ainda assegurando resistência ao fogo. Como resultado, conseguimos elevar o teto ao posicioná-lo sobre as vigas e, apesar da inclinação acentuada, conseguimos garantir a área útil necessária”, explica o arquiteto Minoru Ko.
Segundo a legislação japonesa, por estar em um terreno de esquina, a taxa de ocupação permitida é de até 80%, contando com o cumprimento dos requisitos de resistência ao fogo. A utilização inteligente das áreas inclinadas permitiu um ganho significativo em área útil.
Aproveitamento do espaço
Por conta do design preciso, no total, a casa ficou com 60 m² de área construída. O lado sul, por exemplo, tem um pequeno terraço na cobertura, enquanto o norte, com inclinação de 1:1,25, abriga, no terceiro andar, o banheiro.
“Após muita consideração, decidimos colocar o banheiro, que é usado com menos frequência e demanda bastante espaço de armazenamento, no lado norte do terceiro andar. A área inclinada será utilizada como armazenamento (…). O banheiro foi projetado para ser o mais minimalista possível, com a banheira encaixada no espaço entre as paredes inclinadas que se aproximam de duas direções”, relata o profissional.
Ventilação e paisagismo
Aproveitando o espaço vertical alongado, os arquitetos instalaram uma janela de ventilação no telhado, o que permitiu que todo o edifício seja ventilado naturalmente, como em uma torre de vento. A solução garantiu que a casa fique fresca, independentemente da época do ano.
Mesmo com área reduzida, o paisagismo não foi deixado de lado. Plantas foram colocadas acima dos beirais e, para contornar a limitação do térreo, o jardim foi elevado ao segundo andar, criando uma conexão visual com a vegetação a partir do interior da casa.
expresso.arq com informações de Gladys Ferraz