Rebocador de 1961 foi transformado em iate de luxo e vendido por mais de R$ 7,5 milhões
Imagine isto: a potência e robustez de um rebocador da década de 1960 aliadas ao charme e sofisticação de um iate de luxo.
Foi o que aconteceu com o Santandrea, embarcação reformada do estaleiro italiano Solimano que teve seu estilo retrô comprado por 1,2 milhão de euros — o equivalente a mais de R$ 7,5 milhões (na cotação de janeiro de 2025).
Este senhor de 1961 passou por várias reformas ao longo de seus mais de 60 anos.
O resultado foi um barco de 29 metros (96 pés) que une o luxo ao vintage, com recursos modernos e as características únicas de um potente explorador oceânico.
Essa mistura rara no mercado fez com que o Santandrea fosse rapidamente adquirido.
Seu último preço anunciado, de 1,2 milhão de euros, pode parecer alto demais para um barco normalmente usado para puxar e empurrar outras embarcações, mas não traduz o valor desse iate.
Santandrea: potência, luxo e exclusividade
Como um bom rebocador, o Santandrea esbanja um alcance de aproximadamente 12 mil milhas náuticas (22 mil km), com uma velocidade de cruzeiro de 9,5 nós (17,6 km/h). Para isso, é movido por dois motores a diesel Caterpillar.
Suas características, contudo, não ficam só no campo da potência. O amplo salão principal, com vista privilegiada para o mar, é equipado com uma mesa de oito lugares.
Logo ao lado estão dois sofás de três lugares cada e mais duas poltronas que, com o apoio de uma mesa de centro, prometem ser um ponto forte de lazer a bordo.
O espaço, assim como as outras áreas do barco, traz tons em branco, bege e marrom. As cores neutras dão à embarcação, robusta, um especial toque de delicadeza e elegância.
Já na área interna, uma ampla sala de estar dispõe de sofás e uma grande mesa de madeira.
O espaço, diferente dos grandes iates de luxo, deixa as janelas que vão do chão ao teto de lado para dar lugar às gaiutas — característica que remete ao estilo retrô do barco da década de 60.
A cozinha, por sua vez, tem estilo industrial, com móveis e eletrodomésticos em inox.
A embarcação acomoda até oito hóspedes mais quatro membros da tripulação, em seis cabines. A suíte máster, localizada no convés principal, dispõe de duas camas de solteiro.
Duas outras cabines são equipadas com beliches, enquanto a terceira — e maior delas — oferece duas camas de solteiro e um beliche adicional.
As duas cabines da tripulação, por sua vez, podem ser acessadas tanto pelo convés de popa, quanto pela sala de máquinas — nesse caso, através de uma passagem pensada para os dias de mau tempo.
O barco está pronto para explorar mesmo os destinos mais remotos, inclusive com direito a um grande guindaste, responsável por lançar os dois botes da embarcação ao mar.
expresso.arq sobre artigo de Bárbara Mattana