Tecidos para móveis de área externa: saiba como escolher da forma certa!
Com os dias ensolarados cada vez mais frequentes “Brasil afora”, é comum que as áreas externas protagonizem os momentos de lazer e confraternização. Estes espaços, entretanto, estão suscetíveis a todas as intempéries da natureza por, muitas vezes, não terem uma cobertura completa que proteja como no restante da residência.
Para entender como resguardar o mobiliário e a decoração das áreas externas, conversamos com profissionais que explicam sobre os tecidos e materiais distintos usados para unir beleza, funcionalidade e durabilidade nos jardins, nos quintais e nas áreas gourmets.
Segundo Isadora Araujo, arquiteta do PanaPaná Estúdio de Projetos, os móveis e adornos das áreas externas estão suscetíveis:
- a problemas como o desbotamento e degradação das fibras pela ação dos raios UV;
- ao bolor e a manchas pela umidade e água da chuva;
- desgaste das fibras pelo atrito do vento;
- acúmulo de sujidades e poeira;
- problemas oriundos da proliferação de microorganismos, como fungos e bactérias.
“Os tecidos especiais para áreas externas têm tratamentos e fibras que os tornam mais resistentes a esses fatores, garantindo maior durabilidade”, explica a profissional. Ela ainda alerta que mesmo com os cuidados e as tecnologias específicas, os mobiliários de áreas externas tendem a precisar de trocas e manutenções mais frequentes.
Thaís de Castro, arquiteta a frente da Conectarq, com Mirella Graçom, diz que os tecidos mais apropriados são o polipropileno, acrílico ou poliéster, que podem ser aplicados em cortinas, móveis, redes e almofadas.
Ainda, a parte dos estofados não devem ser a única preocupação de quem está planejando áreas externas. “É fundamental considerar que o mobiliário fica exposto às condições climáticas, portanto, a escolha dos materiais também deve garantir bom desempenho tanto ao sol quanto à chuva”, explica, desta vez, Mirella.
Alguns tipos de tecido, segundo Catarina Biselli e Fernanda Prado, do Duno Arquitetura + Interiores, também têm a opção de receber tratamentos antimicrobianos, que inibem o crescimento de fungos e bactérias, mesmo que não abram mão da manutenção e limpeza do dia a dia: “Periodicamente é necessário passar panos úmidos com produtos de limpeza específicos”, indica. O tipo ideal varia, mas devem ser evitados químicos abrasivos.
Entre as tecnologias disponíveis no mercado, conforme as arquitetas, é crucial procurar por tecidos com resfriamento, especialmente em localidades mais quentes, e aqueles que têm resistência à abrasão e secagem rápida.
Uma lista de tecidos e materiais específicos para áreas externas foi cedida pelos profissionais:
- Aço inoxidável: tem alta resistência à corrosão.
- Alumínio: pode ser encontrado em diversas cores, com acabamentos apropriados para exposição ao tempo, além de ser leve, resistente à corrosão e fácil de limpar. Ideal para estruturas de sofás, cadeiras e mesas.
- Madeiras: especialmente aquelas mais adequadas para ambientes externos, como carvalho, cedro, teca, ipê e cerejeira.
- Ferro fundido: proporciona um visual clássico e robusto, mas exige mais manutenção. Ideal para mesas e bancos.
- Tecidos resistentes às intempéries: sendo importante considerar não apenas o tipo de tecido, mas também como o mobiliário é construído. Um exemplo são as fibras sintéticas.
- Resina: material durável e fácil de limpar, disponível em diversas cores e formatos.
- Corda náutica: pode receber tratamento UV, sendo usada em tapetes, almofadas e alguns tipos de mobiliário.
- Concreto e granilite: materiais mais robustos que se comportam muito bem em áreas externas.
expresso.arq com informações de Casa e Jardim