Entidades do mercado lançam Índice de Demanda Imobiliária (IDI)
O primeiro Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil foi lançado no último dia 11/12, pelo Ecossistema Sienge e CV CRM, com metodologia do Grupo Prospecta e parceria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Com periocidade trimestral, o IDI Brasil é um índice inédito que monitorará o desempenho, as tendências e as oportunidades no mercado imobiliário ao analisar a atratividade de 61 cidades brasileiras para imóveis de padrões econômico, médio e alto.
O estudo contribuirá para ajustar as estratégias de incorporação e compreender o comportamento de compra imobiliária do país.
“Uma base de dados confiável e uma metodologia robusta e personalizada são essenciais para ampliar a clareza sobre os interesses e comportamentos dos cidadãos. Essa compreensão é o primeiro passo para identificar janelas de oportunidade no mercado e tomar decisões mais assertivas”, diz o CEO do Grupo Prospecta, Cristiano Rabelo.
Metodologia aplicada
O IDI Brasil segue um modelo matemático que utiliza seis indicadores (ponderados por especialistas) para refletir sua relevância.
Conheça os indicadores:
1 – Indicador de Demanda: mede o número de potenciais compradores, refletindo o tamanho do mercado consumidor e o potencial de consumo na cidade (Fonte: IBGE);
2 – Indicador de Dinâmica Econômica: avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado (Baseado em dados do IBGE, CAGED e Receita Federal);
3 – Indicador de Ofertas de Terceiros: analisa a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos (Fonte: Portais de venda na Internet);
4 – Indicador de Demanda Direta CV CRM: utiliza dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas (Fonte: CV CRM);
5 – Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM: verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo insights sobre a aceitação e a estabilidade do mercado na cidade (Fonte: CV CRM);
6 – Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM: examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios (Fonte: CV CRM).
O resultado é uma lista de cidades altamente atrativas em forma de ranking.
Com base no cálculo do IDI Brasil, há uma escala de atratividade de 0,000 a 1,000, sendo que o score de 1,000 é considerado o mais alto.
Resultados
“A primeira rodada do IDI Brasil avalia os resultados dos últimos 12 meses, o que nos permite identificar o que os compradores estão buscando e, consequentemente, mapear tendências e oportunidades. Foi o que observamos em Florianópolis (SC), por exemplo, que entrou no Top 3 do ranking de imóveis de alto padrão”, comenta Gabriela Torres, Gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge e responsável pelo IDI Brasil.
Conheça os resultados de cada padrão de imóvel!
Padrão econômico – renda familiar de R$ 2 mil a R$ 12 mil
Das 61 cidades analisadas, Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e São Paulo (SP) são, respectivamente, as três com maior potencial no mercado de padrão econômico.
São Paulo apresentou variações entre o 2° e 3° lugar ao longo do tempo, já Fortaleza subiu da 4ª colocação para a 2ª colocação.
Outra cidade que se destacou foi Natal (RN), que saiu da 42ª posição em março de 2023 para a 21ª posição em setembro de 2024.
As 10 primeiras cidades no ranking econômico são:
1 – Curitiba (PR) | nota 0,883
2 – Fortaleza (CE) | nota 0,858
3 – São Paulo (SP) | nota 0,787
4 – Goiânia (GO) | nota 0,744
5 – Aracaju (SE) |nota 0,732
6 – Sorocaba (SP) | nota 0,706
7 – Maceió (AL) | 0,702
8 – Recife (PE) | nota 0, 696
9 – Brasília (DF) | nota 0,670
10 – Londrina (PR) | nota 0,619
Médio padrão – renda familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil
Para o médio padrão, as cidades que mais se destacaram foram Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Brasília (DF).
Goiânia e São Paulo alternaram entre a primeira e segunda posição de março de 2023 a março de 2024, mas depois se mantiveram estáveis.
Vale ressaltar Maceió (AL), que subiu 39 posições, saindo da 49ª colocação em março de 2023 para a 10ª colocação em setembro de 2024.
As 10 primeiras cidades no ranking médio padrão são:
1 – Goiânia (GO) | nota 0,794
2 – São Paulo (SP) | nota 0,790
3 – Brasília (DF) | nota 0,713
4 – Florianópolis (SC) | nota 0,657
5 – Curitiba (PR) | nota 0,656
6 – Salvador (BA) | nota 0,644
7 – Porto Belo (SC) | nota 0,637
8 – Recife (PE) | nota 0,623
9 – Fortaleza (CE) | nota 0,606
10 – Maceió (AL) | nota 0,604
Alto padrão – renda familiar superior a R$ 24 mil
As cidades de São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Florianópolis (SC) foram as três cidades com maior potencial.
As capitais não tiveram grandes variações no ranking, com exceção de Florianópolis, que saiu da 9ª posição em março de 2023 para a 3ª em setembro de 2024.
As 10 primeiras cidades no ranking alto padrão são:
1 – São Paulo (SP) | nota 0,859
2 – Goiânia (GO) | nota 0,807
3 – Florianópolis (SC) | nota 0,748
4 – Brasília (DF) | nota 0,726
5 – Belo Horizonte (MG) | nota 0,713
6 – Balneário Piçarras (SC) | nota 0,689
7 – Fortaleza (CE) | nota 0,673
8 – Salvador (BA) | nota 0,671
9 – Recife (PE) | nota 0,665
10 – Curitiba (PR) | nota 0,651
expresso.arq sobre artigo de Agatha Menes do Nascimento