6 itens que você nunca deve colocar na sua piscina, segundo especialistas
Com a proximidade do verão, refrescar-se nas piscinas passa a ser uma das atividades prediletas de adultos e crianças. Mas para que o ambiente seja seguro e tenha uso adequado, é preciso se atentar a alguns pontos.
Detalhes como a organização e manutenção das estruturas, podem prever riscos e evitar acidentes. Essas precauções contribuem para um ambiente de lazer mais seguro e agradável.
“Adotar práticas de segurança no entorno da piscina não apenas evita acidentes, mas também facilita a manutenção e prolonga a vida útil dos equipamentos da piscina”, destaca a profissional de educação física e fisioterapeuta Maria de Fátima Fernandes Vara, doutora em Tecnologia e Saúde e membro do grupo de revisão do Código do Comitê Paralímpico Internacional.
Veja abaixo seis itens que devem ficar de fora da piscina:
1. Eletrônicos
Eletrônicos como caixas de som e celulares devem ser mantidos distantes da piscina. “Eletricidade e água não combinam e pode ser extremamente perigoso, podendo causar choques e acidentes, além de representar o risco de danos ao equipamento”, alerta Maria de Fátima.
2. Objetos de vidro
Copos, garrafas de vidro e louças precisam passar longe das proximidades da piscina. “Caso esses itens sejam quebrados, os fragmentos podem facilmente se espalhar no chão e até mesmo cair na água, oferecendo risco de cortes, além da dificuldade de serem removidos do fundo da piscina”, fala Maria de Fátima.
O ideal para confraternizações ao redor da piscina é usar objetos de plástico, de preferência de uma cor que você consiga visualizar se cair na água. “Alguns copos de plástico são difíceis de ver e podem acabar obstruindo os dispositivos de sucção”, comenta Renan Ribas, técnico em química e especialista em manutenção de piscinas.
Além disso, evite comer e beber dentro da água para mantê-la sempre limpa. “O ideal é fazer o consumo de alimentos longe da piscina, para evitar o risco de caírem na água, o que acaba afetando o seu tratamento químico”, afirma Renan.
3. Alguns tipos de plantas
Para a área ao redor da piscina, é recomendável evitar plantas que soltam muitas folhas, pétalas ou frutos. “Quando caem na água, elas aumentam a necessidade de limpeza e manutenção”, fala Maria de Fátima.
Renan recomenda plantas com folhas maiores e mais largas ao redor do ambiente, que tendem a não cair tanto na água. “É muito importante no projeto de paisagismo se atentar quanto à escolha da vegetação. Normalmente, as palmeiras são árvores que funcionam bem perto da água”, orienta.
4. Produtos de limpeza comuns
Os produtos de limpeza que não são específicos para o tratamento da água da piscina devem ser mantidos longe do ambiente. “Alguns produtos podem alterar o pH e outros parâmetros da água, tornando-a imprópria para o banho e até mesmo causando irritações ou queimaduras na pele e nos olhos”, alerta Maria de Fátima.
Isso vale também para os próprios produtos químicos usados na manutenção da piscina, que devem sempre ser armazenados em locais onde você não tenha muita umidade e longe de crianças.
As pessoas acabam comprando duas marcas de cloro diferente e armazenando juntas. Pode ocorrer uma incompatibilidade entre esses produtos, que é o caso do hipoclorito de cálcio e o hipoclorito de sódio – o cloro líquido. “Se você acaba misturando essas duas substâncias, elas são muito reativas, podendo gerar até mesmo combustão”, aponta Renan.
5. Protetor solar
Protetor solar é indispensável para proteção da pele contra os raios solares, porém, existem algumas recomendações para aplicá-lo sem prejudicar a qualidade da água da piscina. “Não precisa deixar de usar, mas sempre o passe com um certo nível de moderação e use a ducha para retirar os excessos”, diz Renan.
O produto é composto de várias substâncias orgânicas que não se misturam muito bem com a água. Mas, segundo especialista, o problema é que ele acaba formando uma oleosidade na superfície da água da piscina e se acumula nas bordas, criando uma camada de sujeira de cor marrom nas laterais.
O protetor ele vai saindo da pele da pessoa na água por conta do suor, o que atrapalha o tratamento do líquido, deixando-o mais turvo. “Em alguns casos, como as piscinas de fibra e vinil, esse material acumulado na borda acaba desgastando e manchando as bordas ao ser removido, porque temos que esfregar muito para conseguir retirar”, destaca Renan.
6. Toalhas, roupas e brinquedos
Itens de uso pessoal, como toalhas, chinelos, brinquedos e acessórios de banho, devem ser mantidos o mais organizados possível, em locais próprios, longe das bordas da piscina e do deque. “Objetos espalhados representam riscos de tropeços e quedas, podendo resultar em acidentes tanto dentro quanto fora da água”, diz Maria de Fátima.
Além disso, peças de tecido, como roupas e toalhas, podem obstruir algum dispositivo de aspiração da água para filtragem caso caiam na água. Brinquedos e pequenos bonecos também merecem atenção para não causarem um entupimento na tubulação.
“Eles podem acabar se prendendo e obstruindo os dispositivos de sucção da piscina, como o ralo do fundo ou até mesmo caindo dentro da coadeira, que, muitas vezes, não tem cesto coletor”, explica o especialista.
No caso dos brinquedos, o problema pode se tornar mais grave. “Eles acabam ficando presos nas curvas de 90 graus da tubulação, causando o acúmulo de sujeira que se enrosca na peça. Muitas vezes, acaba-se tendo que abrir essa tubulação para você conseguir retirar a obstrução”, detalha Renan.