Designer equilibra tecnologia e artesanato com peças sustentáveis impressas em 3D

A busca por uma linguagem híbrida, que harmonize elementos digitais a processos tradicionais, está no cerne do É Pedra Ateliê, liderado pelo arquiteto Vitor Curti. “Não podemos deixar de colocar a nossa marca nas criações, já que vivemos em um mundo real. Estudo essas ferramentas e como podemos utilizá-las sem perder a linha humana”, afirma.

Ele salienta que a tecnologia é um recurso fundamental na produção do design: “E não falo apenas de high tech, mas também do âmbito vernacular. Conforme essas ferramentas evoluem, os produtos tornam-se respostas às possibilidades. É importante que essas peças se encaixem e transformem o nosso mundo”, frisa ao citar as pesquisas feitas pelo escritório e, também, em outras experiências profissionais que teve no Brasil e no exterior.

Um dos objetos feitos por Vitor Curti a partir de plástico reciclado serve para armazenar lápis, pincéis, flores secas, maquiagem e — Foto: Divulgação
Um dos objetos feitos por Vitor Curti a partir de plástico reciclado serve para armazenar lápis, pincéis, flores secas, maquiagem e — Foto: Divulgação

A partir desses estudos, o criativo descobriu o PLA, um tipo de plástico biodegradável de origem natural, obtido através de fontes renováveis, como o amido de milho ou a cana-de-açúcar. Após a impressão 3D, as peças são modeladas manualmente, mantendo o caráter humano na produção.

Os espelhos da coleção Laguna podem ser utilizados como espelho de parede e também como bandeja — Foto: Divulgação
Os espelhos da coleção Laguna podem ser utilizados como espelho de parede e também como bandeja — Foto: Divulgação

MADE

Trio de bancos da série Massagem — Foto: Divulgação
Trio de bancos da série Massagem — Foto: Divulgação

Um dos estreantes da 12ª feira Mercado Arte Design, Vitor exibe a série Massagem, composta por objetos que exploram a tensão entre homem e máquina. “Formada por bancos e mesas em diferentes alturas e proporções, a coleção é construída a partir de um braço robótico que imprime as peças em 3D. Desta vez, a matéria-prima utilizada é o poliestireno de alto impacto reciclado (PSAI), obtido a partir do resíduo da indústria de brinquedos e eletrodomésticos”, detalha.

A mesa alta da linha Massagem mescla o plástico reciclado com o vidro que aparece no tampo — Foto: Divulgação
A mesa alta da linha Massagem mescla o plástico reciclado com o vidro que aparece no tampo — Foto: Divulgação

Durante a produção das peças é adicionado pigmento ao plástico, conferindo um efeito degradê que vai do branco até a cor escolhida. Após a impressão 3D, as peças são aquecidas até atingirem seu ponto de amolecimento. “A partir daí, em um trabalho a seis mãos, é feita uma espécie de ‘massagem modeladora’, que imprime as curvas e volumes orgânicos característicos da série. São poucos minutos de modelagem até que a peça resfrie e congele sua forma para sempre”, diz o arquiteto.

expresso.arq com informações de Camila Santos

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